Ah! Eu nem acredito!
Você que chegou hoje; Você senhora dona-de-casa; Você, que gosta de Games; Você, que gosta de arte e cultura; Você, que não gosta de nada disso: BEM-VINDOS À MINHA LOUCURA!
A função deste espaço é falar sobre Games e Cultura, mesclando-os, fazendo uma abordagem pouco comum disso. Teremos, no mínimo, dois posts por semana: Um normal e um “Top 5 Notícias de Games”. Tentarei agradar a todos os públicos da maneira que puder.
Mas, vamos lá.
Sabemos (ou imaginamos) que criar uma história não é fácil, ainda mais quando a história possui elementos de culturas diferentes. Se eu quero escrever uma história sobre o Japão Feudal, eu não posso dizer que os japoneses da época atiravam com armas avançadas e saiam voando por aí com um foguete amarrado às costas.
Com exceção do Lion Man.
Agora imagine ter que fazer um jogo onde as características de cada país devem ser respeitadas, assim como seus estilos marciais. Imagine ter, agora, que fazer isso sem o uso do recurso maravilhoso da Internet. Imagine fazer isso em 1991.
Os produtores de Street Fighter II conseguiram fazer isso. E olha que eles não são nenhuma dádiva dos ninjas.
Para você que não conhece... Bem, se você deve conhecer o Street Fighter. Até quem nunca jogou Videogame sabe o que é Street Fighter. Mas, pra você que gosta de navegar no Site, eu recomendo um grupo que pode apresentar-lhes o Street Fighter de uma maneira inesquecível.
Tá... Não foi tão genial assim.
Enfim. Street Fighter é uma série de jogos de luta famosa. A proposta do jogo é colocar você na pele de um lutador de determinado país pra lutar. Cada lutador, dependendo do país, tem um estilo próprio de lutar, com golpes próprios e tudo mais.
O primeiro Street Fighter era uma tentativa de homicídio. O jogo é difícil que dói, principalmente quando você se encontra com Adon.
(Terminando Street Figther II como um bom viciado)
O jogo se destaca mesmo na sua continuação. Street Fighter II é um clássico do Videogame, e eu ficaria bastante admirado se algum visitante deste blog não conhecesse Street Fighter II.
FASES
Vamos lá. Metade das crianças da década de 90 começou, talvez sem saber, a aprender um pouco de Geografia e Cultura de outras Nações com Street Fighter. Na tela de seleção de Personagens vemos diferentes países dispensados num Atlas. Cada país possui a imagem de sua bandeira, o que já é interessante.
É como eu digo: É só observamos os detalhes que aprendemos muita coisa. No caso, talvez nosso primeiro contato com outros países tenha saído de um jogo ou um filme.
As fases do jogo correspondem bem às culturas locais. Vamos usar de exemplo o estágio da lutadora chinesa Chun-Li. Trata-se de uma rua comercial qualquer em alguma cidadezinha da China (Aparentemente é Hong Kong).
Como vêem, é um mercado popular chinês. O mercado chinês fica na rua. Os vendedores montam suas barraquinhas e vendem de tudo, de carnes até videogames. Alguns até vendem o jato invisível da Mulher Maravilha (E pior que está à venda. Confira no final do Post). Será que a imagem aí condiz com a realidade? Vamos analisar duas imagens, sim?
Dá uma olhada nessa aqui, também:
Vemos as semelhanças bem nítidas aí. Vendedor de carne? Confere. Pessoas circulando? Confere. Lojinhas? Confere. Tudo isso faz parte da cultura local. Isso, meu amigo, é conhecimento. E conhecimento é que nem sucrilhos: é bom e faz crescer.
Para apresentar um outro exemplo, podemos ver o estágio de M.Bison (O boxeador. Vamos usar os nomes originais).
ESTÁGIO DO M. BISON
VS
LAS VEGAS CASINO
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PERSONAGENS
O interessante são os personagens.
Cada personagem tem uma personalidade. Cada personagem tem uma história. Cada personagem representa o estereótipo de um país (Menos o Blanka). Cada personagem luta uma arte marcial relacionada a seu país (Menos o Blanka). Cada personagem deve ter sido bem-pensado antes de ser colocado no jogo.
Tomemos como exemplo o personagem Ryu. O rapaz, um japonês, é o estereótipo do mocinho: Rapaz de vida simples, órfão e que possui grande amor pelo que faz. Aparentemente, ele é inspirado no Daniel-San.
Esse mesmo Daniel-San que você está pensando:
O estilo de luta de Ryu é o Karate Shotokan, um estilo agressivo de batalha que foca nos golpes de impacto. O Karate Shotokan é tradicionalmente japonês.
Lembrando que cada personagem luta a arte marcial correspondente ao seu país: O tailandês luta Muay-Thay; O americano luta Wrestling O outro americano luta Boxe. Todos eles têm alguma relação com seu país de origem.
M. Bison, por exemplo, tem esse nome por ter sido inspirado na lenda do Boxe M. Tyson.
A dúvida que surge é: E o Blanka? O que ele tem a ver com o Brasil?
Aparentemente, nada. Blanka nem é brasileiro, pra falar a verdade. Seu nome verdadeiro é Jimmy. O avião dele caiu na floresta amazônica, e só ele sobreviveu. Cresceu e ficou verde pelo contato excessivo com a natureza. O porquê de Mogli e Tarzan não serem verdes também, jamais saberemos.
Provavelmente começou a dar choques elétricos por causa de sua dieta à base de enguias.
Reza a lenda que era pra Blanka ser branco. O produtor, entretanto, decidiu que ele deveria ser mais animalesco.
E aí ele ficou verde.
J
Tudo isso que falei agora há pouco é cultura, e nos ajuda a entender um pouco melhor as coisas do mundo. Tudo tem uma relação com outras mídias e com a realidade, e isso vale para o Videogame.
O que proponho com esse Blog é justamente falar dessas relações e mostrar que não é impossível dizer que Videogame também tem o seu pouco de arte e cultura. É uma discussão diferente, e espero fazê-la da melhor forma.
Daqui a algumas semanas aparecerão novas relações entre Arte (Literatura, Cinema, etc.) e Games. Vocês verão.
Ahhh, verão.